terça-feira, 22 de outubro de 2013

Encruzilhadas




Todo mundo segue uma estrada.
Onde essas estradas se cruzam,
Os passos firmes confundem-se com os passos embriagados.
Então, na verdade, ninguém sabe onde vai chegar.
E passam flores, passam árvores, pessoas,
Passam passos que já foram
E passos que estão voltando.
Passos que já voltaram 
E passos que nem mais existem,
Cujas pegadas já foram apagadas por outras pegadas.
Em toda estrada a gente deixa um pouco de nós,
E em cada olhar,
De cada pessoa que cruza nosso caminho,
A gente deixa um pouco de si.
E quando vai embora, 
Isso fica.
A gente nunca sabe o dia de amanhã.
A gente nunca sabe se nossos passos,
Nossas pegadas,
Serão aquelas que estarão indo,
Que estarão voltando,
Ou aquelas que já estiveram lá a tanto tempo,
Que ja foram apagadas pelo sopro do vento.
Enquanto há tempo, 
Que cultivemos somente o amor,
Sem o rancor.
Sigamos sempre o caminho do coração,
Que demos uma chance à nós mesmos
E àqueles que reconhecem o erro.
Àqueles cujos passos são embriagados,
Pra que possam talvez
Cruzar nossos caminhos novamente,
Sem termos que escolher por onde desviar.
Porque talvez esse encontro possa nunca mais se repitir...
E pra não se lamentar...