segunda-feira, 23 de agosto de 2010

decepção

te fiz um carinho
e te peguei no colo.
enxuguei tuas lágrimas,
ouvi teus gritos,
me queimei no teu fogo
não por mim,
mas por você.
fiz tuas vontades...
te coloquei na minha casa
e até dividi a minha cama.
olhei mas nao vi
e não vi por que não queria.
coloquei em voce uma máscara
enfeitada por mim
com pedras de swarovsky
e um brilho de atriz.
quando olhou-me nos olhos
o tal brilho me cegou.
é de perna curta,
e de ar superior,
teu orgulho é um desprezo,
não tens mais o meu amor.

agora enquanto você vaidosa,
eu traída.
enquanto eu idiota,
você vitoriosa.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Que país é esse?

Bem vindos ao Brasil, otários!
esses são os mesmo filhos da puta que fazem promessas. sao os que deveriam estar a favor de nos ja que não temos direito de liberdade, ja que temos leis a seguir. deveriam ser um exemplo, deveriam ouvir as nossas necessidades. são esses os filhos da puta que vão a comunidades carentes e favelas, saem aperando as maos das pessoas, fingindo um sorriso e comprando voto com merendas e mentiras. Parabéns para nós que colocamos esses merdas no poder e nos vendamos.
Parece que não tem mais saida, todos que colocarmos no poder vão se tornar uns merdas se já não forem.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Perdão...



tiro minhas luvas, dedo por dedo,
encarando-me olho por olho.
arrepio-me por não ter fé nem no reflexo,
nem na sombra e muito menos no real.
jogo a luva no chão
e desabotoo minha blusa.
ela cai. continuo encarando,
olho por olho, sem olhar pra baixo.
é triste como me sinto.
mais triste ainda é sentir sem perceber
e ter que ser avisada, lembrada.
lembro do som vazio das palavras
dos elogios falsos daquelas pessoas que,
hora ou outra, ouvem-me sussurrar notas espalhadas
pelos cantos de lugar nenhum.
soprando verdades, sentindo dores que não são minhas
mas passam a ser quando comeco a sopranar.
sopro pelos ares, ouço aplausos,
vejo sorrisos e recebo arrepios,
mas nenhum deles me acolhe.
Nao por que quero... simplesmente por quer não acredito.
Não confio.
Estou nua em frente ao meu espelho,
como se estivesse em cima de um palco
cantando pra quem quer e pra quem não quer ouvir.
Enquanto a musica grita e me possui
Eu acredito no meu corpo
Por estar sendo levado por ela.
Eu acredito em mim.
Quando tudo acaba, procuro minhas roupas e desco do palco
quase morrendo por dentro.
a vergonha e a insegurança fazem sua festa
e eu me entrego ao não que insisto em me dizer.
Não, Sonja.
Desvio o olhar.
Como sentir verdade nas pessoas
se não consigo nem sentir verdade em mim mesma?
Enxugo as lágrimas
que cedo ou tarde voltarão.
A musica é minha unica razão.
Estou nua diante de mim mesma
e isso me assusta.
É como eu quero que me vejam
é como queria me ver.
Olhar é facil
Enxergar é dificil.
Meu reflexo me estremece,
prefiro ignorá-lo
e olhar pro outro lado.
Vou subir naquele palco
Sem luvas ou medo
Eu vou ser aquele segundo.