segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Descobertos


Tens o direito de me atirar essa pedra. Confesso, pequei. Traí a carne e tua esperaça, te fiz acreditar em poucas lembranças, traí o sonho e a confiança. Injustamente, dei-me um tiro no pé. Não por pecar mas sim por continuar, por tentar e até mesmo por acreditar. Acreditei, de corpo e alma. Me atirei sabendo que iria me segurar e novamente me enganei. Pequei. Errei. Uma, duas, três vezes.
Não peço desculpas pois aqui ninguém tem culpa. Não viro-te as costas, quero olho no olho, sem olho por olho. Pequei e admito. Atire-me logo essa pedra, arranque-me logo esse grito. Vai! Que eu me calo só por ter a certeza de que meu pecado fez juz ao teu.
Mesmo assim, eu te perdôo por me pedir perdão.

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