domingo, 17 de março de 2013

O-ine


Como se pudesse transformar o frio em calor, o amor em fogo, o tempo em vento, o sorriso em dor (e vice versa).
Como se travasse a fala, esmagasse o coração e depois curasse com um beijo.
É como se houvesse dois, um Ying outro Yang, um branco e um negro, um bom e outro mal, um dia e outro escuridão.
É como se me carregasse no colo e me deixasse cair, me trancasse num quarto e me deixasse fugir, me comesse o corpo e me cospisse no chão, como se não ligasse, mas por dentro morresse...
Trata-me como uma princesa, quando quer, uma estrela, uma mulher, um homem qualquer...
Preciso saber qual de vocês escolher, qual dos dois é você, eu preciso saber.
Queria que mostrasse sua alma quando olha em meus olhos, me mostrasse com medo e então saberia se és amor ou ódio, mágoas, rancor, coragem, paixão ou apenas mais um que não sabe quem é.
Me mostrasse seu sangue, a dor que habita sua carne e aquilo que escurece sua alma.
E então se quisesse, poderiamos ser isso e aquilo, mas seríamos algo...
Poderemos ser exatamente isso.
O-ine.

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