segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Aprendendo a ser tão só

Aprender a sobreviver com os olhos inchados

A cama vazia

O coração estraçalhado 

Os punhos cerrados

Com tudo tão apertado

Os olhos molhados

Os pés cortados

A perna inquieta 

A mente desenfreada

O corpo fraco

Cabeça ao vento

Os ombros pesados

A voz que falha

A garganta que dói

O abraço vazio

Os sonhos roubados

O sorriso passado

Cobertor amarrotado

O colchão espaçado

As horas pequenas

Sem humor e cansado

De tanta tanta dor

Que pode caber no vazio

Que ocupa tanto espaço

Sem medir o estrago

Que se pode fazer

E é cada vez mais difícil 

Cada vez mais amargo

Ser apenas eu

Estar apenas

Eu


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