assopro pro alto
com a ajuda do vento
as palavras que trato
sem giz nem retrato,
que vejo voando
sem pé nem cabeça,
que ouço falando,
sem nexo e sem vez.
a loucura julga normal
o que o mundo acha cruel.
as palavras tão presas pelo meu corpo
e mesmo assim,
está tudo solto.
e então,
quando as palavras acham uma base
e finalmente se poe em frase
todos se rendem:
a loucura ou a maldade,
desentendendo-se por inteiro
e falando plenas metades.
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