sexta-feira, 16 de julho de 2010

Me alivia e mata

é você,
escondida nas letras de canções de amor,
disfarcada nas esquinas das ruas vazias,
refletida nas virines das lojas fechadas.

é você,
de salto 15 pela estrada,
sem deixar pegadas
E cheia de marcas.

É você,
querida vadia
que por dias dizia-se minha,
vadia...
foi embora.

É você
sentada pelos bares da lapa
fumando seu cigarro e sendo levada
pelo cheiro do pó que te suja a roupa
E perdida no mundo
Que você achava que era seu.

Pobre de mim.
De mim não sobrou nada.
Nada sou e nada fui.
Fui enganada pelo amor.
Amor esse que um dia pensei que existia.
E se existia, não era meu.

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Um comentário:

  1. Eu sinto uma densidade enorme em tudo que você escreve.
    Suas personagens e seus sentimentos são os mais profundos.
    E me penetram a alma, sem querer.

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