segunda-feira, 4 de setembro de 2017

1 ano de saudade

Nós viemos à este mundo e nos deparamos com batalhas que por muitas vezes parecem incessantes e já perdidas. Digo especialmente quando se trata de sonhos, desejos, certezas, paixão. Seguir para aquilo que queremos e acreditamos e somos apaixonados é, geralmente, um caminho cheio de pedras, o ar é seco, a água é escassa e não conseguimos enxergar o final dessa estrada, na qual andamos sozinhos e descalços. Mas aprendemos a apreciar o entorno, o que pode fazer essa estrada ser um pouco menos pesada pra nós. O céu azul, o céu escuro, as nuvens brancas e as negras, a chuva, as flores, aquele pedacinho de verde crescendo no meio daquela rocha seca e sem vida.... e aos poucos, a caminhada parece um pouco menos difícil. Na vida, essa caminhada e sofrida e estamos sozinhos, mas conseguimos nos fortalecer sabendo que alguém já passou por aquela estrada, já teve os pés machucados pelas pedras, mas chegou até o final para contar a história e te dar forças pra acreditar que você também pode chegar ao final desse caminho e lá, descobrir e construir coisas maravilhosas.
Meu avô foi esse homem, que caminhou com pés descalços, uma pequena bolsa cheia de medos e esperança, precisou de forças de D's sabe onde para chegar ao final, mas chegou. E quando chegou, marcou seu nome, fez sua história, plantou sua floresta pra que outros, que viessem logo em seguida, viessem por um caminho menos pesado e difícil e mais bonito. Ele chegou, ele fez, ele aconteceu e há um ano ele partiu, deixando pra nós muito além de uma colorida floresta que ele mesmo construiu, mas os mais preciosos ensinamentos que jamais poderíamos aprender com mais ninguém.
Meu avô é meu exemplo de força, fé e coragem e eu sinto falta dele todos os dias da minha vida, do meu jeito.
Sou muito grata. Seu descanso foi merecido, mas a saudade dói....

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